4 tendências em alta para o varejo em 2024
O setor varejista brasileiro segue em curva de crescimento. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista cresceram 1,7% na comparação entre 2023 e 2022, e, em janeiro deste ano, o setor registrou aumento de 2,5% - primeira alta registrada desde setembro de 2023, quando as vendas atingiram a marca de 0,8%.
Para além do otimismo econômico, as empresas do setor varejista trilham uma linha crescente de evolução dentro da jornada de transformação digital do mercado, tida como uma das mais impactadas pela adoção de soluções que busquem posicionar o consumidor no centro das decisões de compra e consumo, mirando a intensificação e melhoria de tais iniciativas como mandatórias, e não apenas uma tendência.
De acordo com estudo “Brasil 2024: nostalgia ou perspectivas”, produzido pela consultoria Ipsos, temas como ESG, inteligência artificial, inflação, privacidade de dados, equidade de gênero e polarização são alguns dos principais tópicos que deverão impactar o comportamento dos brasileiros e, consequentemente, a atuação de marcas e empresas neste ano.
“Considerando esse cenário, é fato que o avanço da tecnologia seguirá intrinsecamente relacionado à projeção do mercado varejista, com foco em soluções tecnológicas que forneçam agilidade no ponto de venda, otimização de tempo e custos e um melhor atendimento ao cliente, seja no ambiente físico ou no digital”, comenta a Vice-Presidente de Negócios da Softtek Brasil, Ana Dividino.
Tecnologia e varejo: lado a lado
Segundo Dividino, baseado no primeiro trimestre de 2024, entre as principais tendências que já despontam como destaque para varejo atacadista nos próximos meses estão o crescente papel do "retail media", bem como a estratégia de utilizar canais próprios para anúncios, aliada à personalização, que oferece oportunidades significativas para os atacadistas se conectarem de maneira mais direta e eficaz com seus clientes.
“Assim como outros mercados, a integração de Inteligência Artificial nessa abordagem promete elevar a experiência do público a patamares inéditos. Além das inovações tecnológicas, também é preciso considerar dentro desse contexto a importância da cultura organizacional, desde a capacitação da equipe até a gestão de talentos”, destaca a executiva, salientando ainda a importância das áreas de dados do produto, logística e entrega, canais de comunicação e segurança das informações como outras tendências que merecem atenção.
Dados do produto
Os dados do produto são a principal matéria-prima para um cliente tomar uma decisão de compra. Por isso, os varejistas devem ter plataformas tecnológicas especializadas em dados de produtos, como Product Content Management (PCM), Master Data Management (MDM) ou Product Information Management (PIM).
“Isso porque ferramentas que ofereçam visibilidade em tempo real à camada estratégica, tática e operacional referentes às divulgações de um determinado produto são fundamentais para apoiar a tomada de decisão dos consumidores de maneira dinâmica e proativa. Sem tais tecnologias, corre-se o risco de apresentar o produto com poucos dados ou informações errôneas, o que impacta diretamente na decisão de compra”, explica Ana.
Logística e entrega
Os clientes esperam um bom atendimento e estão cada vez mais exigentes com o cumprimento da promessa de entrega de seus produtos e serviços.
“Geralmente, os varejistas contam com a tecnologia para poder orquestrar a gestão de seus pedidos e conseguir colocar os produtos adquiridos nas mãos dos clientes. Se os prazos de entrega não forem cumpridos, se os produtos entregues estiverem errados ou se os níveis de serviço não forem adequados, a probabilidade de compra cairá e afetará novamente as taxas de conversão”, ressalta a executiva.
Canais de comunicação
Os canais de comunicação e marketing são a imagem do varejista diante de seu cliente e, geralmente, são apoiados por tecnologia. Se o canal de comunicação e marketing tiver um desempenho ruim, não for amigável e/ou não atender aos padrões de segurança, a probabilidade de compra do cliente final diminui e, portanto, as taxas de conversão caem.
“Uma dica para minimizar o risco de prejuízos nesse sentido é investir em soluções que otimizem a experiência do cliente, como hiperpersonalização, planos de fidelização e ativações, que permitam uma experiência híbrida entre o comércio físico e digital, se apresentando como ótimas aliadas para impulsionar as vendas”, salienta Ana.
Segurança das informações
Em geral, quando um cliente faz uma compra em um varejista, dados sensíveis como informações de cartão bancário, endereço residencial e dados pessoais estão envolvidos no processo.
Se o varejista não cuidar da segurança desses dados nas diferentes plataformas tecnológicas envolvidas no processo de venda, além de infringir a LGPD. o cliente final poderá optar por não tomar a decisão de compra por medo de ter seus dados vazados.
Para evitar que isso aconteça, ferramentas tecnológicas que dão suporte à governança, qualidade e gerenciamento de dados são mandatórias às empresas, que hoje em dia já encontram no mercado soluções ou serviços que suportam a modernização e eficiência de seu ecossistema tecnológico, de forma a reduzir custos de TI e implementar monitoramento proativo, segurança e controles de qualidade para uma operação segura e eficiente.
“Todos esses impactos andam de mãos dadas com a seleção da ferramenta tecnológica correta e o envolvimento de parceiros experientes para sugerir e implementar a melhor solução. Especialmente parceiros que tenham conhecimento da indústria e sensibilidade para os processos e desafios. Afinal, se bem implementada, a tecnologia traz inúmeros benefícios, como aumento das vendas, ganhos em margem, redução de custos, ganho de produtividade, maior precisão de inventário, aumento do desempenho e até engajamento dos funcionários”, conclui Ana.
Fonte: Contábeis