Renda do brasileiro aumentou no último ano, sinaliza pesquisa
O rendimento médio dos brasileiros chegou a R$ 1.848 por mês em 2023. O resultado é 11,5% superior ao registrado no ano anterior e somado aos demais indicadores econômicos – alta de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), redução da inflação (4,62% ao ano) e forte geração de empregos – confirma o cenário de crescimento do país. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) Contínua, publicada nesta sexta-feira (19), que considera os ganhos do trabalho e variadas fontes de renda como programas sociais, aposentadorias e aluguel.
De acordo como levantamento, no ano passado, a melhora do mercado de trabalho, em conjunto com o aumento do número de beneficiários de programas sociais, foram fatores fundamentais para que a renda, especialmente entre os mais pobres, também crescesse. De acordo com estudo feito pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os pequenos negócios responderam por 8 em cada 10 empregos criados na economia em 2023. No total, o Brasil gerou 1,48 milhão de novas contratações – sendo 1,18 milhão delas criadas nas micro e pequenas empresas (80,1%).
De acordo com a PNAD, a proporção da população com rendimento habitualmente recebido do trabalho passou de 44,5% (ou 95,2 milhões de pessoas) em 2022 para 46,0% (ou 99,2 milhões) em 2023.
Os dados captados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam a importância do setor para a economia brasileira, sinaliza o presidente do Sebrae, Décio Lima. “Os pequenos negócios são um motor pujante da nossa economia e responsáveis por quase 30% de toda a riqueza gerada no país. Acreditamos que esses números podem ser ainda melhores neste ano, com a promoção de medidas que facilitam o acesso a crédito, estimulam a inovação na pequena indústria e promovem um melhor ambiente de negócios para as micro e pequenas empresas”, apontou.
A pesquisa também dá destaque à desigualdade no país e à concentração de renda – os brasileiros que compõem o 1% da população com maior rendimento domiciliar per capita (R$ 20.664) acumulavam uma renda média equivalente a 39,2 vezes o rendimento dos 40% da população de menor renda (R$ 527). “Temos a certeza de que, com melhores oportunidades, os empreendedores espalhados pelo país poderão contribuir ainda mais com a redução das desigualdades sociais e com o desenvolvimento do país”, acrescenta Décio Lima.
Fonte: Agência Sebrae