Futuro do trabalho remoto: novas tendências, diretrizes e desafios no cenário corporativo

O debate acerca do futuro do trabalho remoto está cada vez mais em foco à medida que o mundo se recupera da pandemia de COVID-19. Empresas ao redor do mundo têm tomado decisões significativas em relação a essa modalidade de trabalho.

De acordo com dados do LinkedIn, em julho de 2023, apenas 9% das oportunidades de emprego nos Estados Unidos ofereciam trabalho totalmente remoto, marcando uma queda em relação aos 18% do ano anterior. Paralelamente, o trabalho híbrido ganhou força, aumentando de 8% para 13% no mesmo período. Essa mudança reflete uma clara mudança nas preferências tanto dos empregadores quanto dos profissionais.

Surpreendentemente, mesmo gigantes da tecnologia, como Google, Amazon, Apple e Zoom, que antes defendiam vigorosamente o home office, agora estão adotando uma abordagem diferente. Essas empresas estão exigindo que seus funcionários estejam presentes nos escritórios pelo menos algumas vezes por semana, o que representa uma reviravolta nas políticas de trabalho flexível.

Em agosto, o CEO da Amazon, Andy Jassy, emitiu um ultimato aos funcionários que resistiam ao retorno presencial, destacando a importância do comprometimento. Isso resultou na exigência de que os funcionários da gigante do e-commerce estejam no escritório pelo menos três dias por semana.

Essa mudança de postura se deve, em parte, à crescente preocupação com a produtividade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford, publicada em julho, revelou que o trabalho totalmente remoto pode ser até 20% menos eficiente, dependendo da área de atuação e da preparação das empresas. Durante a pandemia, a produtividade aumentou em muitas empresas devido ao isolamento e à estabilidade do emprego.

No Brasil, o home office também é tema de debate constante. Durante a pandemia de COVID-19, muitas empresas adotaram esse modelo de trabalho, com 46% delas optando por essa modalidade.

No entanto, o trabalho remoto enfrenta desafios e passa por mudanças globais. Embora não deva desaparecer completamente, sua aplicação pode variar dependendo das circunstâncias e das políticas das empresas.

Para aqueles que buscam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, o modelo híbrido emerge como uma opção promissora. A mesma pesquisa da Universidade de Stanford que identificou a queda na produtividade no trabalho remoto sugere que, no modelo híbrido, o desempenho é igual ou até superior ao presencial.

Fonte: Contábeis

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