Três tendências tecnológicas em alta no setor de banking
O setor bancário tem passado por transformações significativas, impulsionadas sobretudo pelo avanço tecnológico dos últimos anos, com o surgimento de novas tecnologias e a solidificação das já existentes no mercado.
A adoção de soluções tecnológicas revolucionou a maneira como os serviços financeiros são oferecidos, redefiniu a experiência do cliente e otimizou processos internos.
Desde a implementação de sistemas de inteligência artificial para análise de dados até o desenvolvimento de aplicativos móveis e plataformas de internet banking, as instituições financeiras estão integrando cada vez mais soluções tecnológicas, que oferecem benefícios, segurança e maior eficiência aos consumidores.
“O processo de maturidade digital conquistado pelas empresas nos últimos anos, incluindo as do setor de banking, tornou a adoção de tecnologias uma realidade, e, ainda, uma vantagem competitiva”, diz Jacinto Godoy, especialista em Financial Services da Softtek Brasil.
Confira abaixo as três principais tendências tecnológicas adotadas pelas instituições financeiras.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial vem transformando as operações e a oferta de produtos no setor financeiro, já que amplia a percepção sobre o imenso volume de dados das operações financeiras, permitindo aperfeiçoar os mecanismos de análise e a associação dos eventos com as preferências e demandas dos clientes.
Com isso, a IA aumenta a capacidade de criação de novos produtos adequados aos diversos grupos de clientes com comportamentos similares, bem como a personalização orientada a clientes com base em necessidades derivadas dos seus hábitos de consumo, empregando mecanismos cientificamente mais eficientes do que a percepção humana.
Além disso, a implementação de Inteligência Artificial responsável pode melhorar a confiança e segurança nos serviços financeiros.
“Uma IA responsável é aquela que respeita a privacidade dos dados dos clientes, atuando dentro dos limites aceitos por eles. Exemplo disso é o compartilhamento de dados e divulgação de informações para uso em ações de marketing da própria instituição dentro de limites acordados sobre ofertas de produtos ou serviços ou outros acordos estabelecidos com esses clientes sobre envolvê-los em quaisquer ações publicitárias ou comerciais, respeitando estritamente o conceito de consentimento. Ao fazer seus clientes perceberem que essas regras são levadas a sério pelas instituições, seus clientes aumentam o grau de confiabilidade na relação, não se restringindo somente a discurso ou narrativa”, explica Jacinto.
Inteligência de dados
A inteligência de dados é um recurso que pode ser utilizado para entender e solidificar a fidelidade dos clientes. Isso porque os clientes costumam desenvolver a fidelidade quando percebem que são motivados por novas experiências e ofertas de seu interesse, e não somente pela preservação dos ativos que já mantêm com as instituições financeiras.
A interpretação dos dados das movimentações, os históricos de acesso a vitrines de ofertas de serviços e o cruzamento com dados, como hábitos de consumo e interesses demonstrados por produtos ou serviços (quando sujeitos às regras de privacidade de dados), permitem gerar ofertas que ampliam a capacidade de manter a fidelidade do relacionamento e o seu interesse em manter-se como cliente.
Outra ferramenta comumente utilizada pelas instituições financeiras para a retenção e satisfação de seus clientes é a personalização com base em dados.
“No que tange à relação com os seus clientes, os bancos vendem basicamente serviços. Em todos os segmentos, mas ainda mais no financeiro, serviço é confiança. Assim, o atendimento personalizado e humanizado vai além da subjetividade quando os dados, as informações e o conhecimento sobre o cliente são usados para customização da experiência, tendo como base o histórico, o comportamento, os hábitos, as expectativas, as preferências e a demografia. Isso aumenta a credibilidade, a confiabilidade e, especialmente, a familiaridade. Nesse cenário, os clientes tendem a manter a relação com o fornecedor que propicia essa experiência mais rica e mais real, e eventualmente podem estar dispostos até a pagar mais por isso, desde que o retorno seja justificado”, diz Jacinto.
Soluções em nuvem
O aumento do volume de transações, devido à digitalização dos processos, associado ao emprego de IA, que é um consumidor exigente de recursos sistêmicos para dar conta do seu requerimento de análises, implica na necessidade de se ter à disposição uma maior capacidade de plataformas de tecnologia.
Isso amplia o potencial de sistemas digitais baseados em nuvem, sobretudo devido à sua capacidade flexível de atender requerimentos de tecnologia quando são demandados de forma imediata, muito mais do que um ambiente on-premise permitiria.
Além disso, devido aos modelos de negócio oferecidos na nuvem, tanto a ampliação como a redução de consumo dos serviços a níveis adequados, dependendo da demanda dos clientes, permite um melhor ROI (Retorno sobre Investimento) da tecnologia, evitando desperdícios ou reserva inadequada de recursos.
Fonte: Contábeis