IFRS: uso passará a ser voluntário em 2024 e depois obrigatório em 2026
A sigla diz respeito a International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Informação Financeira), um conjunto de normas contábeis globais que ajuda as empresas a produzir demonstrações financeiras que podem ser comparadas além das fronteiras.
O IFRS também é projetado para facilitar a compreensão e comparação do desempenho financeiro de uma empresa por parte dos investidores. Este padrão facilita que empresas possam apresentar seus números em um âmbito intercontinental, facilitando a leitura dos dados por profissionais de outros países.
Um ponto de atenção é que, às vezes, as normas contábeis IFRS são confundidas com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS), que são as normas mais antigas que o IFRS substituiu em 2001.
Adotado em mais de 120 países, o IFRS também é utilizado no Brasil. Este padrão de escrituração contábil é fundamental para empresas que desejam crescer e manter uma boa imagem perante acionistas e investidores.
IFRS obrigatória a partir de 2026
O Ministério da Fazenda do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgaram que as IFRS serão incorporadas à legislação brasileira.
A nova regra contará com um cronograma de transição, que passará de voluntário a obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2026, conforme a Resolução CVM nº 193/2023.
As autoridades públicas destacaram que a adoção das normas poderá fortalecer os mercados de capitais brasileiros, aumentando a transparência em relação aos aspectos de sustentabilidade, como riscos e oportunidades, além de facilitar a atração de investimentos globais pelas empresas.
O Brasil já requer o uso das normas contábeis IFRS desde 2010.
Desafios contábeis
No entanto, ao adotar o IFRS, os profissionais de contabilidade enfrentam alguns desafios significativos. A revisão e atualização periódica das normas, que ocorre anualmente, busca corrigir lacunas e garantir relatórios contábeis cada vez mais transparentes, especialmente após escândalos envolvendo grandes empresas.
O IFRS surgiu como um processo de unificação das normas contábeis para facilitar a compreensão e garantir a transparência nas informações financeiras. O desafio está nas divergências de interpretação, uma vez que a natureza subjetiva de algumas normas pode levar a diferentes práticas contábeis entre as empresas, dificultando a comparação das informações financeiras.
O cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade e a adoção do IFRS são essenciais para impulsionar a transparência e a confiabilidade das informações financeiras das empresas.
Apesar dos desafios, o alinhamento com os padrões contábeis globais oferece benefícios significativos, como a facilitação da comparação internacional e a promoção da confiança entre investidores.
É fundamental que os profissionais contábeis estejam preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de um mercado em constante evolução.
Fonte: Jornal Contábil